Teoria neuronal e a Neurociência moderna


Segundo a teoria neuronal, o cérebro é formado por neurônios que constituem as unidades elementares na transmissão de sinais. Através de suas ramificações, os neurônios estabelecem conexões que obedecem aos seguintes princípios gerais:

1) As conexões que um neurônio estabelece com outro são altamente específicas, isto é, embora num ser humano existam 100 bilhões de neurônios e trilhões de ramificações, as conexões não acontecem ao acaso, cada uma tem formato próprio e propriedades individuais;

2) Em todas as espécies de animais os neurônios se conectam segundo padrões bem definidos, obedientes à mesma organização geral característica da espécie à qual o animal pertence;

3) Salvo raras exceções, a informação trafega sempre na mesma direção no interior do neurônio: entra pelos dendritos (as ramificações) e corre na direção do axônio (a extensão não ramificada). Essa propriedade recebe o nome de polarização dinâmica;

4) Nos circuitos, o contato entre dois neurônios ocorre apenas em pontos especializados chamados de sinapses. Nelas, os neurônios não se tocam, deixam um espaço minúsculo entre as duas terminações: em média, 20 nanômetros (20 milésimos de milímetro).

Essa observação foi de importância fundamental. Antes dela, imaginava-se que a informação seria transmitida de um neurônio para o outro como nos fios elétricos: por continuidade. Não poderia ser assim; se fosse, a voltagem do impulso nervoso cairia à medida que ele percorresse o circuito de neurônios, da mesma forma que a voltagem cai enquanto percorre os fios elétricos da rua (por isso a companhia instala transformadores de tantos em tantos metros).

Nas sinapses, os neurônios não se conectam como fios elétricos. Nelas, eles se comunicam através de uma linguagem físico-química.

Fonte: http://www.drauziovarella.com.br

 

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