Um dos grandes mistérios da ciência que ainda causa muitas repercussões entre os cientistas é o envelhecimento do ser humano, este faz parte do ciclo natural da nossa existência, mas os seus fatores e o porquê que envelhecemos ainda causam discussões entre os cientistas. Um biólogo norte americano chamado Leonard Hayflick certa vez realizou um experimento para comparar o processo de envelhecimento de indivíduos jovens e velhos. O experimento consistia em contar o número de vezes que certas células ( fibroblastos) dividiam – se em placas de culturas de tecidos, e constatou que as células dos indivíduos jovens se dividiam mais comparadas ás células dos indivíduos velhos. Após este experimento Leonard ainda comparou essa divisão celular com a de seres de outras espécies neste caso a tartaruga e o camundongo e com isso pode ver que as células dos camundongos dividiam-se menos que as dos seres humanos e as células destes menos que as das tartarugas. Assim Leonard sugeriu a existência de um relógio biológico que controlaria o tempo de vida das células e, consequentemente, dos indivíduos de cada espécie. Por fazer parte do ser humano o sistema nervoso está sujeito também ao envelhecimento natural e isso provoca sua degeneração e consequentemente sua morte.
Doença de Alzheimer
Em 1907 Alois Alzheimer estudava o caso de uma de suas pacientes que possuía 52 anos de idade e com quadros cognitivos e de memória importantes, após cinco anos do início de sua doença ela faleceu e na necropsia realizada pelo próprio Alois ele descobriu três características que são hoje reconhecidas como o diagnóstico distintivo da doença.
· Placas senis no encéfalo, particulamente no hipocampo e no córtex cerebral;
· Emaranhados neurofibrilares;
· Perda de neurônios
Alguns destes processos degenerativos são comuns também em pacientes idosos saudáveis já que são decorrentes da idade avançada, mas na doença de Alzheimer essas alterações apresentam-se bastante avançadas. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, é uma condição neurodegenerativa progressiva e afeta cerca de 10% das pessoas com idade entre 65 e 85 anos e aproximadamente 40 % das pessoas acima de 85.
Os idosos geralmente apresentam pequenos lapsos de memória, menor velocidade de raciocínio e episódios passageiros de confusão que podem passar despercebidos ou serem tolerados facilmente, em relação ao aspecto físico, o individuo idoso apresenta dificuldades de locomoção, falta de equilíbrio, mãos trêmulas, insônia noturna com sonolência diurna e outras manifestações que são naturais da idade avançada. Na pessoa com a doença de Alzheimer essas características são acentuadas e tornam-se sintomas.
Com o avançar da doença os lapsos de memória tomam maiores proporções e pode ocorrer acentuada confusão mental. Em relação á saúde física do doente ocorre a incapacidade de locomoção e de realizar os atos motores mais simples da vida cotidiana.
O tratamento fisioterapêutico da doença de Alzheimer deverá enfatizar a prevenção de contraturas utilizando-se técnicas de alongamento, já quer as alterações motoras como alterações no tônus muscular e tendência a desenvolvimento de rigidez articular. Exercícios de fortalecimento, coordenação motora e equilíbrio também devem ser incluídos no programa de tratamento do paciente com Alzheimer, estes exercícios podem ser executados tanto em solo quanto em piscina. Outra técnica bastante bem vinda no tratamento é a facilitação neuromuscular proprioceptiva com uso de iniciação rítmica e padrões bilaterais de movimento que ajuda na melhora da coordenação e do ritmo dos movimentos.
Um aspecto muito importante no tratamento do paciente de Alzheimer é o familiar. A família deste paciente deve ser instruída quanto a doença e todo o seu tratamento multidisciplinar. O envolvimento dos familiares já que o aspecto afetivo dever ser enfatizado durante o tratamento e somente a família provê o carinho necessário parar que este paciente desenvolva seu tratamento de forma correta