O presente trabalho teve como objetivo avaliar a prevalência de disfunções no músculo masseter em pacientes fibromiálgicas bem como produzir uma evidência científica relevante para futuros trabalhos.
Foram incluídas 80 mulheres sedentárias procedentes da rede pública de saúde da cidade de Caratinga, entre 18 e 60 anos, classificadas como portadoras de fibromialgia, de acordo com critérios da ACR.
Consideramos sedentários aqueles que não estiverem realizando nenhuma atividade física regular nos últimos três meses. As pacientes foram submetidas a exame do músculo masseter, apresentando 54% dor aguda no masseter direito e 63% dor aguda no masseter esquerdo.
Ao questionário de triagem de DTM e dor orofacial 64% dos pacientes tiveram dificuldade e/ou dor ao abrir a boca, 71% percebem ruídos na articulação de seu maxilar e 83% dos pacientes relatam apresentar cefaléia, dor no pescoço ou nos dentes com freqüência.
Avaliadas pelo mini inventário de fobia social de spin, 67% dos pacientes relataram evitar fazer coisas ou falar com certas pessoas por medo de ficarem envergonhados e serem o centro da atenção. Os resultados obtidos para disfunções no músculo masseter para pacientes portadoras de fibromialgia estiveram presentes em maioria dos casos, ratificando o comprometimento por dano físico e mecânico estabelecido pela patologia.
Mas não somente este dano estabelecido o trabalho levanta a relação de possíveis efeitos deletérios na socialização e desenvolvimento de relações interpessoais de gênero que ficam comprometidas pela presença da doença.
Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG