Insuficiência Arterial Periférica

A insuficiência arterial periférica é o resultado da diminuição do fluxo sangüíneo arterial para os membros podendo manifestar-se através de síndromes isquêmicas agudas ou crônicas. A aterosclerose obliterante é de longe a principal causa de isquemia dos membros, sendo os inferiores os mais afetados. A aterosclerose começa precocemente na vida, mas se manifesta clinicamente como doença entre os 50 e 70 anos de idade, sendo incomum manifestar-se antes. Por ser uma doença sistêmica, a aterosclerose pode gerar distúrbios isquêmicos de outros territórios vasculares, com destaque para as doenças aterosclerótica coronariana e cérebro-vascular.

O comprometimento aterosclerótico dos membros inferiores acontece mais freqüentemente na artéria femoral superficial, seguida depois da artéria poplítea. A redução do fluxo sangüíneo arterial para as extremidades pode se ocorrer de forma aguda, quando em algumas horas pode haver necrose dos tecidos isquemiados; ou de forma crônica, sendo resultado do estreitamento lento e progressivo da luz das artérias. Nestes casos, a principal manifestação apresentada é a claudicação intermitente. Trata-se de dor do tipo cãibra ou fadiga dos músculos provocada pela deambulação e aliviada pelo exercício. A dor aumenta progressivamente de intensidade, impedindo assim o ato de caminhar. Ela ocorre pelo acúmulo, durante o exercício, de metabólitos irritantes na massa muscular isquêmica, tais como o ácido lático e bradicinina entre outros, já que a circulação torna-se lenta, pois as artérias apresentam obstrução em diferentes graus, o que determina a intensidade dos sintomas.

Quando o fluxo sangüíneo já não consegue atender sequer as necessidades metabólicas do músculo em repouso, o paciente começa a apresentar dor contínua, geralmente sentida nos dedos e nos pés. A dor isquêmica de repouso é um grave sintoma causado pela neurite e necrose tecidual que usualmente evolui para gangrena e amputação das extremidades. Em estágio avançado, além da dor, a cor dos pés apresenta-se cianótica e com rubor na posição pendente, há diminuição da temperatura da pele dos pés. A isquemia crônica comumente provoca perda dos pelos e espessamento das unhas. Como a circulação é insuficiente, os ferimentos costumam não cicatrizar, pois nesses casos, onde ocorre lesão dos tecidos, é necessário um maior aporte sangüíneo para que se processe a cicatrização. Pode ocorrer então necrose isquêmica, atingindo com maior freqüência as extremidades. Se houver infecção no local a gangrena torna-se úmida e estende-se até os tecidos circunvizinhos resultando então na amputação das extremidades.

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